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INSTITUTOS DE ENSINO SUPERIOR e os ODS

Olá, você sabe o que é uma instituição de ensino superior? Bom, que tal começarmos pelo começo? Nos primeiros anos de vida, por volta dos seis ou sete anos iniciamos nossos estudos em uma escola de ensino fundamental. É quando aprendemos a traduzir a nossa língua nativa, sim, aquela que ouvimos desde antes de nascer, agora será compreendida em termos de símbolos (signos) para leitura e escrita, como primeiro passo para compreender tanto a estrutura do nosso idioma como todos os outros temas registrados nos livros em diversas áreas do saber.



A imagem mostra um caderno, laptop e bloco de notas universitário
A Agenda 2030 e as IES


Nesta fase, também aprendemos sobre a simbologia e as regras da matemática, o que nos permitirá associar esta poderosa ferramenta à compreensão da natureza e das relações econômicas, ou seja, duas linguagens para ganharmos o mundo. Ainda na infância e no ensino primário seguimos adquirindo competências e habilidades em diferentes áreas do saber e sempre nos aprofundando no conhecimento produzido pelo homem. Chegamos na adolescência, uma fase desafiadora, de intensas transformações físicas, onde vivenciamos inúmeros conflitos e descobertas e nos deparamos com a divisão do conhecimento em áreas ainda mais detalhada como geografia, história, português, matemática, biologia, química, física e tudo o mais que o ensino médio nos oferece. Nesta ocasião, podemos escolher um curso técnico onde em paralelo ao ensino tradicional podemos aprender sobre aspectos teóricos e práticos de algumas profissões. O Brasil tem diversas opções de cursos técnicos que são fundamentais para a definição do caminho profissional de uma ampla parcela da juventude brasileira. Bem, mas quando tratamos de Ensino Superior, cada país tem seu próprio modelo organizacional. Entretanto, seja qual for o modelo, o momento é sempre o mesmo. É no início da juventude, dos 16 aos 20 anos que a maioria dos jovens decide de que maneira deseja participar da sociedade e que tipo de conhecimento formará sua identidade profissional e social. Sabe aquela famosa frase: o que quero ser quando crescer?


Então, nesta fase da vida, esta dúvida existencial ganha forma e conteúdo. É quando começamos a nos imaginar exercendo determinadas funções, quais temas fazem os nossos olhos brilharem, mas para concretizar este ideal precisamos antes escolher como queremos participar da vida em sociedade e onde poderemos adquirir os conhecimentos necessário para ser o que queremos ser.O ensino superior brasileiro foi pensado com base no modelo europeu, sua organização acadêmica/administrativa tem forte influência portuguesa e francesa, uma consequência direta do período colonial e imperial. Aliás, é desse período a criação dos primeiros institutos de ensino superior do Brasil, a Faculdade de Cirurgia da Bahia e a Faculdade de Medicina, no Rio de Janeiro, ambas em 1808. O que mudou de lá cá? Bem, ao longo dos séculos, muuuuita coisa mudou e os institutos de ensino superior seguem em constante transformação. Contudo, parte de sua estrutura permanece inalterada e é sobre isso que vamos falar agora. O ensino superior no Brasil pode ser público ou privado e ser organizado como Faculdade, Universidade, Centro Universitário ou Instituto Federal. O ensino público é gratuito e mantido pelo estado na esfera municipal, estadual ou federal.


Os Institutos Federais e Universidades representam um importante papel na formação de ensino superior, bem como as faculdades e centros universitários. Nos institutos de ensino superior (IES), os jovens escolhem o curso de graduação que melhor se encaixa em suas aptidões e que podem fornecer o arcabouço teórico e prático necessário para a sua formação profissional. É nos cursos de graduação que estudamos assuntos cada vez mais específicos e nos qualificamos para exercermos nossas futuras profissões. Contudo, a vida universitária vai muito além da sala de aula, outros aspectos da construção da identidade do indivíduo também são importantes e devem estar presentes em uma das três esferas de atuação da universidade: pesquisa, ensino e extensão. A divisão tripartite é uma forma de organizar a atuação da universidade tendo como foco o alcance de objetivos diversos como a produção científica/intelectual ou a participação na comunidade. O ensino está relacionado às aulas, treinamentos e todo conhecimento técnico de cada área do saber. Já a pesquisa diz respeito a toda investigação científica/intelectual, a busca do estado da arte e daquilo que podemos avançar, criar, desenvolver, inovar a partir daquilo que já se sabe em um determinado tema. A pesquisa é a fonte de contínua criação e renovação dos saberes, mas não podemos deixar de lembrar que esta divisão é meramente estrutural, na prática, a pesquisa, o ensino e a extensão são indissociáveis, isto quer dizer que estes três grandes conjuntos de atividades devem conversar entre si, transferindo informações e se apoiando para uma construção mais complexa e enriquecedora em termos de aprendizado, formação cidadã e vivência acadêmica.


Numa visão orgânica do funcionamento, a universidade funciona como se fosse o corpo humano, onde o ensino é o esqueleto, sem o qual o corpo não se sustenta, sua parte estruturante e a pesquisa, por sua vez, a musculatura, convertendo energia em movimento, teoria em prática, transformando o mundo pela ação conscientemente direcionada, inovadora e criativa e a extensão o sistema nervoso que nos conecta à comunidade e dá sentido e significado à participação da universidade como agente de transformação social. Assim, fica claro perceber que todas as partes são fundamentais, codependentes e necessárias para um corpo saudável e funcional.


As universidades agregam em seus quadros de profissionais e corpo discente, um potencial grandioso em termos de competências e habilidades aplicáveis ao desenvolvimento econômico sustentável das comunidades, assim a promoção do equilíbrio entre preservação e manejo do meio ambiente. É neste sentido de participação ativa das universidades na busca de soluções sustentáveis, na esfera de influência das instituições de ensino superior, que destacamos a importância da incorporação dos ODS como norte para ação com foco no desenvolvimento sustentável em suas mais diversas faces. Por outro lado, os ODS indicam os caminhos e temas de interesse mundial, como um grande mapa indicando o caminho por onde devemos seguir para promover a sustentabilidade em escala global. Contudo, este mapa fica ainda mais preciso e os resultados tornam-se mais efetivos e benéfico para a comunidade, quando identificamos nas possiblidades de atuação dos IESs nos temas mais relevantes para a nossa comunidade local. Assim, a territorialização dos ODS e a participação das IESs na promoção da agenda 2030 são estratégias fundamentais para a concretização dos esforços na busca de um novo patamar civilizatório, mais inclusivo e diverso.

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